O que Podemos Aprender com os Erros de Jonas

25/08/2019 22:44

Texto: Jonas cap. 1 a 4 Introdução:

A fraqueza do homem e a graça de Deus.

Jonas, filho de Amitai, profeta bastante ativo durante o reinado de Jeroboão II, no reino Norte de Israel, entre os anos de 787 e 747 A.C.

Jonas viveu num tempo dificílimo e sob o regime de um rei perverso, que “fez o que era mal perante os olhos do Senhor” (2 Reis 14:24).

Jonas tinha consciência de que nos seus dias a grande ameaça para Israel era a Assíria, cuja capital era Nínive. De acordo com 2 Reis 15:19, esta era, naqueles dias, a consciência de qualquer cidadão em Israel.

Você já ouviu alguém dizer: “Não erre para aprender, aprenda com o erro dos outros”.

I) QUANDO DEUS FALA, FUGIR É PERIGOSO

1. Quando é Deus quem está falando, Ele é claro e muitas vezes detalhista. “Veio a Palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo:…” (Jn. 1.1 Neste caso Ele deu o endereço, a mensagem e disse o porquê).

2. Há uma grande diferença entre a resposta de Jonas e a de Abraão ao ouvir a ordem do Senhor… Em Gn. 22.2 disse o Senhor para Abraão: “Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi”… veja como ele responde no v.3: “Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque seu filho; e cortou a lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera”.

3. Mas em vez de ir para Nínive, Jonas rebelou-se e fugiu. Foi para Jope, cidade marítima a cerca de 55km ao norte de Jerusalém. Lá ele comprou uma passagem em um navio cargueiro que ia para Társis, uma cidade na Espanha conhecida por seus poderosos navios e fundição de metais preciosos.

Era uma cidade corrupta que representava prosperidade, sucesso e poder.

Ora, os navios mercantes do Mediterrâneo nos dias de Jonas navegavam entre Jope e Társis, parando em outras cidades portuárias na Grécia e na Turquia.

Logo, a viagem de Jonas provavelmente foi planejada para ser uma jornada de três a quatro semanas.

II) CRISE DE ORAÇÃO NA VIDA DE UM PROFETA

1. O que pode acontecer quando não oramos? A crise de Jonas, antes de tudo foi “crise de oração”. Por que a Bíblia insiste tanto para que oremos?

2. Para Paulo orar não era uma opção, era uma questão vital,imprescindível, uma questão de sobrevivência: Para a Igreja de Tessalônica ele diz: “Orai sem cessar” (1 Ts. 5.17). Para a igreja de Roma, (Rm. 12.12) “Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração”; para a igreja de Éfeso (Ef. 6.18) “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos,”.

3. Jesus tinha uma disciplina rígida de oração: Ele começa seu ministério orando e jejuando 40 dias (Mt. 4) “E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;”. Em Mt. 14.23 está escrito: “E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar, à parte”. Foi Ele quem disse: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca”. (Mt 26.41).

4. A igreja primitiva nasceu numa atmosfera de oração e cresceu nesta atmosfera (Atos 1:14; 2.42)

5. Quando não oramos:

(1) Em vez de responder pra Deus, “eis-me aqui…” dizemos, “não conta comigo” (Levantamos para fugir… v.3). Quando você não ora, está dizendo para Deus: “não conte comigo”.

(2) Perdemos o senso de direção e “pegamos barco errado”. “…tendo descido a Jope, achou um navio que ia para Tarsis;” (Mas não era o lugar indicado pelo Senhor). v.3 Ausência de oração é demonstração de insubmissão ao Senhor.

(3) Deixamos de ser agente de benção para ser a “causa” do sofrimento dos que caminham, viajam, estão junto conosco. (Jn. 1.4,5). A desobediência de Jonas tirou a tranquilidade da viagem (grande tempestade), provocou um grande prejuízo financeiro (lançavam ao mar a carga que estava no navio).

(4) Ausência de oração nos faz indiferentes, petrificados, insensíveis etc… “os marinheiros, cheios de medo, clamavam… lutavam para aliviar o peso. Jonas, porém, havia descido ao porão, se deitado e dormia profundamente”. (Jn. 1.5).

É terrível quando alguém ignora o que está acontecendo em sua família, com vizinhos, na empresa, na escola, na igreja e diz: “Não tenho nada a ver com isso… não me diz respeito… eu deito e durmo…”. Jonas estava indiferente em relação a sua própria vida. “Tomai-me e lançai-me ao mar…” (1.12).

(5) Nada mais terrível para um cristão do que ser repreendido pelo mundo. Jonas foi repreendido pelos pagãos (Jn. 1.6).

(6) Quando não oramos, nossa vida se torna uma contradição, uma incoerência… Quando interrogamos Jonas, ele disse: “Temo ao Senhor… (1.9) isso não era o que se verificava no seu comportamento. Ausência de oração nos faz dizer uma coisa e viver outra. Diante do interrogatório justifica sua fé e temor, mas é uma fé e temor que não produzem oração.

III) O QUE ACONTECE QUANDO ORAMOS:

1. Jonas orou quando a única saída era orar (Jn. 2.1). Não espere para orar quando estiver no “ventre do peixe”… Na minha angústia, clamei ao Senhor (Jn. 2.2); …do ventre do abismo, gritei… (Jn. 2.2). Quando desfalecia a alma ele se lembrou do Senhor (Jn. 2.7);

2. A oração sincera faz com que Deus nos tire do “ventre do peixe”(Jn. 2.10)

3. Quando oramos Deus volta a falar conosco dando-nos uma segunda oportunidade (Jn 3.1).

4. A oração repele todo sentimento de insubmissão e nos faz servos obedientes… “Levantou-se, pois, Jonas e foi a Nínive, e segundo a palavra do Senhor”. (Jn. 3.2). Toda insubmissão é resultado de uma vida pobre de oração. Não se engane, quando deixamos de orar o velho homem orgulhoso, soberbo, arrogante, presunçoso assume o domínio da nossa vida.

5. Os resultados de tudo o que eu faço para Deus, depende do quanto eu levo a sério minha vida de oração. Nada acontece por acaso, o texto diz que Jonas pregou e os ninivitas creram e se arrependeram… (Jn. 3.5)

Pr. Josué Gonçalves

Fonte: Sermão Online Fonte: https://estudos.gospelprime.com.br

 

COMENTÁRIO:

Jonas foi incumbido por Deus para realizar uma tarefa importante. Jonas procurou evadir-se.

Jonas descobriu que os pensamentos de Deus não eram os seus pensamentos e que os seus caminhos não eram os caminhos de Deus.

Apesar dessas diferenças Deus não desistiu de Jonas, e o queria realizando seu projeto, independentemente se era do agrado ou não de Jonas.

Interessante observar que primeira metade da história, Deus permite que Jonas chegue ao extremo de quase perder a própria vida, somente para em seguida restaurá-lo à posição onde ele se encontrava antes dele tentar, por meios físicos, evitar cumprir o mandado de Deus.

Na segunda metade da história o Senhor permite que Jonas chegue ao extremo da depressão mental e espiritual, somente para revelar a ele a correção essencial de seus misericordiosos propósitos.

No livro de Jonas fica patente o modo da soberana misericórdia e justiça de Deus, ao conceder a Nínive o arrependimento para a vida, enquanto que, por outro lado, fica destacado o pecaminoso particularismo de Jonas, ao resistir contra essa manifestação da vontade divina.

Aqui não se trata de uma simples parábola, ou livro de ficção homilélita , mas, sim de uma narrativa histórica.

Os livros da Bíblia não são produções fortuitas.

A ameaça de destruição feita por Jonas aos moradores de Nínive foi suspensa, por causa do arrependimento e humilhação de seus habitantes.

150 Anos após, Deus chamou o profeta Naum para predizer a destruição de Nínive.

Nínive era a capital da Assíria (atual Turquia) que durante três séculos dominou o mundo.

Mais ou menos 40 anos mais tarde a cidade de Nínive foi invadida e saqueada e totalmente destruída, por uma coalizão de babilônios, citas e medas.

Pr. Alcindo